A atividade física sob o ponto de vista da Química
Por Gabriela H. Arakaki
Para aqueles acomodados no sedentarismo, é difícil mudar hábitos e realizar algum exercício físico. Embora todos saibam que praticar atividade física é importante para o organismo, uma vez que, ela regula a pressão sanguínea, melhora a resistência, aumenta a autoestima. Além disso, diminui o estresse e provoca uma sensação de bem-estar devido às substâncias liberadas no corpo durante a atividade: a endorfina, a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.
Essas substâncias são neurotransmissores produzidos pelo sistema nervoso central e liberados na corrente sanguínea que melhora a comunicação entre os neurônios, provocando a sensação de relaxamento e bem-estar do indivíduo.
A endorfina (endo = interno; morfina = analgésico) é um neuro-hormônio produzido pela glândula hipófise. Existem vários tipos de endorfina, a beta-endorfina é a mais eficiente, pois ela proporciona o sentimento de euforia. Considerada um analgésico natural responsável pela diminuição do desconforto da dor.
A serotonina é produzida no tronco encefálico e é a responsável pela regulação do sono, controle da temperatura corporal e do apetite, porém em baixas concentrações no organismo pode ocasionar a depressão e aumentar a ansiedade. Por isso, é comum a vontade incontrolável de comer carboidratos e doces, os quais aumentam a produção dessa substância.
A dopamina é um neurotransmissor monoaminérgico, substâncias bioquímicas derivadas de aminoácidos pelo processo de descarbonização, sendo responsável por funções como atenção, concentração, memória, prazer, movimentos. A falta de dopamina pode causar transtornos neuropsiquiátricos como o Mal de Parkinson.
A noradrenalina é uma monoamina liberada pelas glândulas suprarrenais que influencia no humor, ansiedade, sono, alimentação e mantem a pressão sanguínea em níveis normais.
Outro benefício da prática de atividade física é a diminuição do nível de cortisol no organismo. O cortisol é um hormônio que em excesso causa raiva, medo, estresse, diminui a velocidade da utilização da insulina, a qual atrapalha no transporte da glicose para as células musculares, evitando a reserva de glicogênio muscular, e, além disso, causa a morte neural.
Apesar de ser difícil incluir a atividade física na rotina, uma vez iniciada essa prática, o bem-estar passa a ser maior que a preguiça.
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