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Anistia às Anestesias

Paulo Lopes Barsanelli

Nós todos tememos a tão comentada anestesia, alguns a temem mais que o próprio procedimento cirúrgico que a procede. Mas se olharmos para o passado, veremos que o que deveríamos realmente temer é a sua ausência ou os métodos anestésicos que antecederam os atuais, as hodiernamente injustiçadas seringas.

O desconhecimento de métodos analgésicos (que inibem a sensação de dor) pressionavam os médicos a agirem com extrema agilidade sobre os pacientes, que eram devidamente imobilizados, para que a extrema dor não perdurasse. Agrega-se nesta situação o fato de que as cirurgias se limitavam a pequenas operações superficiais e amputações de membros, um procedimento mais complicado era sinônimo de morte. A evolução do enfermo pós-operado era geralmente entregue à “vontade divina”. Os primeiros hospitais possuíam as famosas cúpulas que se encontravam isoladas no topo de seus prédios, onde os gritos provindos da cirurgia se limitavam.

O termo “anestesia” (do grego an, privado de + aísthesis, sensação) foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes (1841-1935), porém já foi empregado pelo médico e cirurgião militar grego Dioscórides (40-90) no século I d.C. com o sentido de insensibilidade dolorosa. Atualmente o termo que define esta área na medicina é “anestesiologia” e foi criado em 1902.

Os primeiros métodos analgésicos consistiam:

  • na compressão da carótida (artéria que leva sangue ao cérebro) do paciente, pelos assírios por volta de 1000 a.C., até que ele ficasse inconsciente;
  • na mastigação de folhas de coca utilizada pelos Incas na América do Sul;
  • na milenar acupuntura da China;
  • na esponja saporífera, utilizada pelo médico grego Hipócrates (460 a.C. – 377 a.C.) no século IV a.C. (composta por ópio, sucos de meimendro, amoras amargas, eufórbia, mandrágora e hera, sementes de alface, bardana e cicuta que eram misturados num recipiente de cobre contendo uma esponja e então a mistura era submetida à fervura até evaporação total), que era posicionada sob as narinas dos pacientes que adormeciam e eram despertados depois com outra esponja embebida em vinagre;
  • na concussão cerebral, utilizada na Europa medieval, a qual uma tigela de madeira era posicionada sobre a cabeça do paciente e em seguida era golpeada evitando forte impacto no crânio, mas levando a “vítima” à inconsciência;
  • no congelamento por gelo ou neve das partes do corpo a serem operadas, utilizadas no século XVI;
  • na hipnose por meio do “magnetismo animal” utilizado pelo médico austríaco Friedrich Mesmer (1733-1815) no século XVIII;
  • na embriaguez por bebidas alcoólicas (principalmente vinho);
  • e no emprego de magias e orações sobretudo durante a Idade Média.

O início de um grande passo para a mudança e melhoria na história das anestesias foi dado pelo químico inglês, Joseph Priestley (1733-1804), ao descobrir o óxido nitroso (N2O) em 1773, mas que não viu aí nenhuma utilização como anestésico. Priestley também isolou o gás oxigênio que chamou de ar desflogisticado baseado na teoria do flogístico (criada pelo cientista alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734) que dizia que a combustão ocorria com certos materiais porque estes possuíam um “elemento” ou um princípio comum inflamável que era liberado no momento da queima).

O inglês Humprhy Davy (1778-1829), então aprendiz de farmácia, dá, em 1800, sua contribuição neste grande passo ao estudar os efeitos do óxido nitroso. Davy inalou o gás e experimentou de uma sensação de relaxamento e vontade involuntária de sorrir (este é o famoso “gás hilariante”, batizado por ele). Certa vez em que estava com dor de dente percebeu que ao inalar tal gás, a sensação de dor fora interrompida. Deduziu então que o óxido nitroso poderia ser indicado para inibir outras fontes de dores e sugeriu em uma de suas publicações intitulada de “Vapores Medicinais”, seu uso em cirurgias.

Michael Faraday (1791-1867), físico inglês, descreveu, em 1818, as propriedades analgésicas do éter etílico (ou éter sulfúrico: CH3CH2OCH2CH3) como sendo semelhantes às do óxido nitroso.

Em 1823, o médico e cirurgião inglês, Henry Hill Hickman (1800-1830) defendia que a via inalatória era caminho certo para obter a anestesia em procedimentos cirúrgicos. Hickman testava em cães a ação anestésica do gás carbônico e observava que os animais não apresentavam sinais de dores em pequenas operações às quais eram submetidos. A Royal Society e a Associação Médica de Londres não o autorizaram para que continuasse suas experiências em seres humanos. Hickman chegou perto de ser o grande descobridor da anestesia cirúrgica, talvez o fosse se tivesse feito uso de gases como o éter etílico ou mesmo o óxido nitroso.

No entanto, estes dois últimos gases ganharam notoriedade não na área da medicina, mas na do entretenimento, na qual eram utilizados em exibições circenses, festas e outros eventos públicos, onde os expectadores eram convidados a subirem ao palco e inalarem o gás para que experimentassem de seus efeitos que os induziam a rirem e dançarem para a alegria de todos os presentes.

Crawford W. Long à direita da foto, simula uma intervenção cirúrgica sob anestesia pelo éter.

Crawford W. Long à direita da foto, simula uma intervenção cirúrgica sob anestesia pelo éter.

Tais eventos (conhecidos então como festas do gás do riso) chegaram, em 1841, à pequena cidade de Jefferson (Atlanta, EUA) de 500 habitantes, onde o recém-formado em medicina pela Universidade da Pensilvânia (Filadélfia, EUA), Crawford Williamson Long, então com 26 anos, enxergou em toda essa diversão outra finalidade para a utilização desses gases. Utilizando do éter etílico ele descreveu: “Inalei inúmeras vezes o éter por causa de suas propriedades inebriantes e observei no meu corpo contusões e equimoses arroxeadas, provindas de quedas involuntárias durante as inalações da droga e notei que meus amigos debatiam-se tão fortemente que deveriam sentir alguma dor, mas que, inquiridos depois, responderam-me que nada haviam sentido”. Long deduziu então que a inalação do vapor do éter etílico poderia lhe trazer o mesmo resultado durante operações cirúrgicas.

No dia 30 de março de 1842 veio-lhe tal constatação quando, diante várias testemunhas, Long extirpou dois pequenos tumores da região superior do pescoço de seu paciente (um amigo, o estudante James M. Venable). Este procedimento ocorreu após Long usar do éter como anestésico geral colocando um lenço embebido deste sob o nariz de Venable até que ele gradualmente adormecesse e confirmando sua insensibilidade cutânea com uma agulha. Após recobrar a consciência, seu amigo não acreditou até que lhe fosse mostrado o cisto extraído.

Infelizmente, como outros pioneiros da ciência, Long sofreu interferência de religiosos radicais e também dos habitantes de Jefferson que acreditavam que seu novo método acabaria por matar algum de seus pacientes e então desistiu de aplicar em seus pacientes a promissora novidade. Entretanto, não deixou de crer em sua descoberta e administrou o éter como analgésico obstétrico à sua esposa no parto de seu segundo filho (em 1845) e nos posteriores.

Outra infelicidade que acometeu Long foi o fato de não ter publicado nada sobre sua descoberta, nada que provasse seu pioneirismo na anestesia geral.

Representação de uma das extrações dentárias realizada por Horace Wells.

Representação de uma das extrações dentárias realizada por Horace Wells.

Perto de se consolidar este grande passo da medicina que é a descoberta da anestesia, surge na história, Horace Wells (1815-1848), dentista na cidade de Hartford, que assim como Long, descobriu as propriedades do óxido nitroso através de uma apresentação pública. Então em 11 de dezembro de 1844, Wells, teve um de seus próprios dentes extraídos por um amigo após ter inalado o gás. Na ocasião não sentiu nenhuma dor.

Após realizar 10 outras indolores extrações dentárias em seus clientes, Wells contata um ex-aluno seu, William Thomas Green Morton (1819-1868), então estudante na Faculdade de Medicina de Harvard em Boston, e dirigiu-se até ele. E no Massachusetts General Hospital, diante de seu ex-aluno, professores e outros estudantes, Wells fracassa (talvez por administrar dose insuficiente do anestésico) ao tentar extrair sem dor, um dente de um estudante que se voluntariou. Após os gritos de dor do estudante, o dentista foi expulso como impostor.

De volta à sua cidade, continuou a utilizar de seu método, porém, após um paciente sofrer de parada respiratória e quase morrer, Wells decidiu abandonar a odontologia. Em 1847, publicou “A História da Descoberta da Aplicação do Óxido Nitroso, do Éter e de outros Gases em Cirurgia”, viciou-se em clorofórmio e em 1848 suicidou-se.

Em 1846, o primeiro grande passo na história da anestesia a caminho de como a conhecemos hoje foi concluído, justamente, pelo ex-aluno de Horace Wells, William Thomas Green Morton, e ironicamente no mesmo palco em que este último fracassara, no anfiteatro Bullfinch do Massachusetts General Hospital.

Morton, em seu segundo ano de medicina, insistiu nos estudos de Horace Wells e com a recomendação de seu ex-professor de química, o médico americano Charles Thomas Jackson (1805-1880), substituiu o óxido nitroso pelo éter. Realizou vários testes em cães e por último, em 30 de setembro de 1846, extraiu sem dor um dente de um comerciante da cidade de Boston.

Quadro do pintor Roberto Hinckleu, de 1882, reproduzindo a cena da operação realizada com anestesia geral pelo éter em 16/10/1846.

Quadro do pintor Roberto Hinckleu, de 1882, reproduzindo a cena da operação realizada com anestesia geral pelo éter em 16/10/1846.

Então no dia 16 de outubro de 1846, o cirurgião Dr. John Collins Warren (1778-1856) juntamente com o paciente Edward Gilbert Abott (um jovem impressor), portador de um tumor vascular no lado esquerdo do pescoço aguardavam a chegada de Morton que apareceu com um inalador de sua invenção que consistia num globo de vidro que continha o líquido volátil, anexado a uma cânula que direcionava os vapores à boca do paciente. Morton denominava seu anestésico de “Letheon” (do grego lethe, rio do esquecimento), que revelou pouco depois ser o já conhecido éter etílico. O paciente ficou inconsciente poucos minutos após sua aspiração e, seu tumor foi extirpado, a hemostasia (contenção de hemorragia) realizada e nenhum sinal de dor foi demonstrado. O fato de não necessitar de imobilização do paciente em semelhante procedimento cirúrgico foi surpreendente e após tal sucesso, Dr. Warren voltou-se à audiência estonteada e disse a seguinte frase “Cavalheiros, isto não é uma fraude.”.

Tal feito foi comunicado à Revista de Medicina e Cirurgia de Boston em 11 de novembro de 1846, e assim a notícia chegou à Inglaterra, a seguir à França e depois ao resto da Europa.

No Brasil, a primeira anestesia geral pelo éter foi realizada pelo Dr. Roberto Jorge Haddock Lobo (1817-1869), nascido em Portugal, em um estudante da Escola de Medicina do Rio de Janeiro, Francisco d’Assis Paes Leme, com intenção apenas experimental, em 25 de maio de 1847 no Hospital Militar do Rio de Janeiro.

Ao óxido nitroso e ao éter seguiu-se o clorofórmio, utilizado pela primeira vez em 1847, no trabalho de parto, pelo médico escocês James Young Simpson (1811-1870). Em 1930 foi introduzido o ciclopropano e em 1956, o halotano.

Apesar de que nessa época já eram conhecidos relatos de injeção de drogas e sangue por via venosa em animais, a agulha oca foi inventada somente em 1844 pelo médico irlandês Francis Rynd (1811-1861). Em 1853, o médico francês Charles Pravaz (1791-1853) desenvolveu a primeira seringa de metal e no mesmo ano, outro médico, o escocês Alexander Wood (1817-1884), realizou a primeira injeção intravenosa (de morfina) em um paciente.

A base das drogas anestésicas usadas hoje em dia partiu do hexobarbital (derivado do ácido barbitúrico) que foi introduzido em 1903 e principalmente do tiopental utilizado em 1934 que foi quem popularizou a indução anestésica intravenosa. Sucederam e sobrepuseram estas duas substâncias o propofol (1989), a procaína (1905), a dibucaína (1930, a tetracaína (1932), a lidocaína (1947), a cloroprocaína (1955), a mepivacaína (1957), a prilocaína (1960), a bupivacaína (1963), a ropivacaína e a levobupivacaína.

Referências:

http://super.abril.com.br/ciencia/eter-gas-hilariante-dois-dentistas-incrivel-historia-anestesia-444900.shtml

Clique para acessar o rezende-9788561673635-11.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942006000300010

Clique para acessar o hahuc.pdf

Clique para acessar o v52n6a15.pdf

http://www.brasilescola.com/quimica/teoria-flogistico.htm

http://www.brasilescola.com/quimica/descoberta-oxigenio.htm

Sir Humphry Davy

Sir Humphry Davy

Leonardo Albino

Sir Humphry Davy foi um dos grandes químicos do inicio do século XIX, uma época em que a química estava nascendo como ciência. Com suas ideias liberais e românticas, Davy conseguiu crescer cientificamente e isolar cerca de seis elementos utilizando conceitos de eletroquímica. A seguir veremos um resumo da vida deste grande químico.

Nascido em Penzance, na Cornualha ao sudoeste da Inglaterra, no dia 17 de dezembro de 1778, filho de um carpinteiro e uma dona de casa, Humphry Davy foi o primeiro de cinco filhos. Humhpry cresceu numa época de transição, o Iluminismo estava em seu auge, uma nova filosofia que pregava a busca da razão. Juntamente começava a surgir o Romantismo, um movimento artístico que glorificava os sentimentos humanos. Talvez nenhum outro cientista da época tenha unido tão bem essas suas filosofias. Apaixonado pela química desde pequeno foi convidado pelo químico e físico inglês Dr. Thomas Beddoes para trabalhar na sua recém-formada instituição de pesquisa The Pneumatic Institution, em Bristol, que tinha a finalidade de tratar de doenças respiratórias, principalmente a tuberculose, com o uso de gases em 1798. Lá Davy começou sua carreira como químico.

Sendo um exímio pintor e poeta, Davy também chamou atenção dos pioneiros do Movimento Literário Romancista Britânico, conhecidos como Lake Poets: William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e Robert Southey. Humphry Davy e os poetas românticos compartilhavam interesse pela poesia, no poder da natureza e numa certa substância que alterava o humor. Uma das substâncias estudadas por Davy era o Óxido Nitroso. Quando inalado produz uma suave depressão numa região do cérebro relacionada aos sentimentos e à autocensura.

ImagemA pessoa entra num estado de relaxamento e felicidade, podendo mesmo rir à toa ou chorar (ao que parece, mais rir do que chorar). Uma sensação parecida à de beber demais. Davy tinha o perigoso habito de testar em si mesmo os gases que estudava e, aspirando o gás, descobriu suas propriedades analgésicas. Não demorou muito para Davy convidar seus amigos e colegas de trabalho em sua casa em Bristol para usarem o “gás hilariante”. Em frente a uma bela paisagem no interior da Inglaterra Humphry Davy e seus amigos Lake Poets usavam o óxido nitroso para terem inspiração para escrever seus poemas românticos. Festas eram organizadas onde os convidados se deliciavam a inalar o famoso gás hilariante. Em seu livro “Researches, Chemical and Philosophical, chiefly concerning Nitrous Oxide and its Respiration”, publicado em 1800, por causa de suas propriedades analgésicas, Davy sugeriu que utilizassem como anestesia em cirurgias e operações médicas. Em 1844 o dentista de Connecticut, Horace Wells, usou o Óxido Nitroso para a extração de dentes, tornando o gás o primeiro anestésico químico.

Seu livro foi um sucesso no meio cientifico da época, aumentando sua fama. No dia 9 de março de 1801 Davy deixa Bristol e vai para Londres ocupando o cargo de Professor Assistente de Química da Royal Institution. Suas palestras pagas eram abertas ao público onde realizava uma série de demonstrações e experimentos. Explosões, mudanças de cor, precipitações eram a marca dos experimentos de Davy. Era uma divulgação da química como ciência para a sociedade britânica. O seu carisma curiosidade pelo espetacular fizeram dele um sucesso imediato, principalmente com as damas de Londres. Logo Davy era o químico mais famoso da Grã-Bretanha. Tornou-se Professor Titular em 1802, foi eleito um membro da Royal Society de Londres em 1803 e foi premiado com a medalha Copley em 1805.

A partir do inicio do século XIX, Davy interessou-se por eletricidade. Aplicando uma corrente elétrica em certas substâncias, ele conseguiu isolar elementos até então desconhecidos da ciência. Assim ele descobriu o Potássio e, utilizando a mesma técnica, tornou-se o primeiro a isolar vários elementos:

 

  • Sódio
  • Cálcio
  • Boro
  • Bário
  • Magnésio
  • Estrôncio

Além de ajudar a determinar o Cloro e o Iodo e realizar pesquisas com o Nitrogênio, Enxofre, Alumínio e Carbono. Mas, como ele mesmo dizia, sua maior descoberta foi uma pessoa: Michael Faraday.

Logo depois de ser nomeado Sir pelo Rei George III, Davy sofreu um acidente de laboratório, onde uma explosão do NCl3 cegou temporariamente, obrigando a procurar um ajudante. Há uns meses atrás tinha recebido um caderno de anotações de um rapaz pobre, que havia ganhado ingressos para assistir as palestras de Davy. Era Michael Faraday (1791-1867), que trabalhava como aprendiz de encadernação em uma livraria de Londres. Davy ficou surpreso de como um rapaz sem estudo poderia ter escrito aquilo e contratou o rapaz em 1813. Davy ainda não sabia, mas Faraday tornar-se-ia um revolucionário da ciência, um grande físico e químico que se sobrepôs ao mestre.

davy2Em 1818 foi agraciado com o título de Barão e nomeado Presidente da Royal Society em 1820. Em 1826 ganhou mais um prêmio, a Royal Medal pelo desenvolvimento da eletroquímica. Presidiu a Royal Society até 1827, renunciando o cargo devido a problemas de saúde, sendo substituído pelo colega Davies Gilbert. Mas anos de intoxicação química foram demais para Davy. Mudou-se para Roma para procurar tratamento e acabou falecendo em Genebra, na Suíça em 29 de Maio de 1829, aos cinquenta anos, para a comoção do mundo cientifico. Em sua homenagem, em 1877 foi criado a Medalha Davy pela Royal Society, para premiar uma descoberta recente excepcionalmente importante em qualquer ramo da química.

Sir Humphry Davy foi um grande propagador da ciência química. Apesar de nunca ser formado numa universidade, Davy mostrou que com seu trabalho poderia alcançar o alto escalão cientifico da época. Em uma época em que novos pensamentos e filosofias apontavam na Europa e no mundo (Romantismo, Revolução Industrial, Revolução Francesa e Guerras Napoleônicas) Davy representou esses ideais de transição, sendo inovador e original. Como bom romântico faleceu ainda jovem devido a sequelas de inalar diferentes gases durante sua vida.

Referências:

Livros

de FARIAS, R. F.; Para gostar de ler a história da química. Vol. 2. ed. Átomo. Campinas, SP. p. 41-43.

LEICESTER, H. M.; The Historical background of Chemistry. Dover Publications, Inc. New York, NY. p. 161-222

WEEKS, M. E.; LEICESTER, H. M.; Discovery of the Elements. ed. 7.  Journal of Chemical Education. Easton, Pa. 1968.

ASIMOV, I.; Cronologia das Ciências e das Descobertas. Civilização Brasileira S.A. Rio de Janeiro, RJ. p. 375-493. 1993.

KENDALL, J.; Young chemists an Great discoveries. Strangeways Press Limited, Printers, London. p. 1-88

IHDE, A. J.; The Development of Modern Chemistry. Dover Publications, Inc. New York, NY. p. 161-222.

PARIS, J. A.; The life of Sir Humphry Davy, bart., LL.D.. vol. I. Londres. H. Colburn an R. Bentley. 1831. p-1-547.

 

Documentários

Chemistry: a Volatile History. Episode I: Discovering the Elements. Apresentador: Professor Jim Al-Khalili. Diretor: Jon Stephens. Documentário. 58’42’’. BBC.

Shock and Awe: The Story of Electricity. Episode I: Spark. Apresentador: Professor Jim Al-Khalili. Diretor: Tim Usborne. Documentário. 59’20’’. BBC.

The Story of Science: Power, Proof and Passion. Episode II: What is the World Made of ?. Apresentador: Michael Mosley. Diretor: Nat Sharman. Documentário. 58’47’’. BBC.